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terça-feira, 5 de julho de 2011

Síndrome de Asperger

Hans Asperger, um austríaco, publicou suas observações sobre o autismo, em 1944.  As diferenças observadas entre o Autismo e o que Hans Asperger estudou levaram a Psiquiatria a separar dois transtornos: Asperger e Autismo.
A característica marcante é a dificuldade que algumas crianças e adultos têm quando tentam comunicar com outras pessoas. Porém o desenvolvimento cognitivo é normal ou alto. As pessoas com a Síndrome de Asperger, geralmente possuem elevadas habilidades cognitivas e funções da linguagem normais. O vocabulário é elaborado, mas apesar disso apresentam dificuldades de interpretar e aprender as capacidades de interação social e emocional com os outros.
O tom de voz é monocórdio (um só tom), e a voz parece pouco emotiva. Podem apresentar a ecolalia (repetição ou eco da fala do interlocutor) e palilalia (repetição de suas próprias palavras). A escrita é consideravelmente menos legível.
É mais comum no sexo masculino e não se sabe a razão. Além disso, a SA (Síndrome de Aperger) pode estar associada com outros diagnósticos, como: síndorme de Tourette, problemas de atenção e de humor como a depressão e ansiedade. Pode haver um componente genético, onde um dos pais apresenta SA ou traços desta. É considerada uma desordem neurobiológica.
Outras características:
  • Mostram interesses restritos ou interesses especiais: escolhem um assunto de interesse, que pode chegar a ser seu único interesse por muito tempo. É comum o interesse por coleções.
  • Pensamento concreto.
  • Presença de habilidades incomuns como cálculos de calendário, memorização de grandes seqüências como mapas de cidades, cálculos matemáticos complexos, ouvido musical absoluto, etc.
  • Interpretação literal, incapacidade para interpretar mentiras, metáforas, ironias, frases com duplo sentido, etc. 
  • Dificuldades no uso do olhar, expressões faciais, gestos e movimentos corporais como comunicação não verbal.
  • Dificuldade para entender e expressar emoções.
  • Falta de auto-censura: costumam falar tudo o que pensam.
  • Apego a rotinas e rituais, dificuldade de adaptação a mudanças e fixação em assuntos específicos.
  • Atraso no desenvolvimento motor e freqüentes dificuldades na coordenação motora tanto grossa como fina, inclusive na escrita.
  • Hipersensibilidade sensorial: sensibilidade exacerbada a determinados ruídos, fascinação por objetos luminosos e com música, atração por determinadas texturas etc.
  • Dificuldades em generalizar o aprendizado.
  • Dificuldades na organização e planejamento da execução de tarefas.
Sobre o tratamento, quanto mais cedo começar melhor será o resultado. Inclui tratamento psicoterapêutico com ênfase na terapia comportamental, que pode usar o treino de habilidades sociais como componente do tratamento, além do aconselhamento que ajudará no manejo das emoções.
Muitos indivíduos com SA não precisam de tratamento farmacológico, ao passo que outros sim. Não exite medicação específica para essa síndrome. O que ocorre é a utilização de fármacos para alguns dos sintomas: estabilizadores de humor, Fluoxetina, Clomipramina, Ritalina, etc.
Em relação à escola, é importante que as pessoas que forem lidar com alunos com SA estejam preparadas, lembrando que se trata de uma desordem do desenvolvimento e não é um comportamento manipulativo ou algo do gênero.
Em um plano geral, ao longo do desenvolvimento da pessoa, algumas características predominam e outras recuam. As crianças crescem, se tornam independentes, casam, trabalham, constituem famílias apesar da síndrome.

Não impede o potencial de uma vida mais 'normal'.
Para completar, é dito que Leonardo da Vinci, Mozart, Einstein, Bill Gates, Keanu Reeves entre outros tinham e têm Asperger. 

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